O seminário Inovar com os Pés no Chão, dentro da 4ª Jornada 4.0, promovida pelo Conselho de Inovação e Tecnologia – CITEC da FIERGS e pelo IEL-RS, com o apoio da Rede RS Indústria 4.0 e do Sebrae RS, contou com a entrega da Célula Demonstradora de Tecnologias da Indústria 4.0. O desafio foi lançado pela Rede RS e a Célula foi entregue oficialmente ao cliente. O projeto foi desenvolvido em 120 dias, pelo Senai-RS com 12 fornecedores da Rede.
O diretor da Metal Work e da FIERGS, Hernane Cauduro, escolhido o projeto, que após a feira, será instalado na sua planta. “Os desafios foram lançados e alcançados. A Célula vai nos possibilitar triplicar a produção e os seis funcionários que faziam este trabalho serão deslocados para outras funções ”, destacou ele. O gerente do Instituto Senai de Tecnologia em Mecatrônica, Fabiano Rath, saltou que o trabalho tem várias embarcadas, mas que conforme a demanda não seria necessário trabalhar com tantas. Igor Krakheche, coordenador de serviços de Inovação e Tecnologia do Instituto Senai, ressaltou que o grande desafio foi o entendimento do escopo do objetivo final. “Os fornecedores costumam que conversar com cada um e entre eles.Por isso, foi necessário definir um padrão, para que todos tivessem um objetivo comum ”, disse.
Cauduro lembrou que há dois anos quando a Rede RS foi lançada, eram 12 membros entre entidades, universidade e centros tecnológicos. “Hoje a rede é formada por 78 entes, incluindo além dessas, empresas fornecedoras de tecnologias habilitadoras e empresas que já estão avançadas nesta jornada”, comentou. “Isto mostra que o Estado já tem um movimento forte para esse caminho”, disse, destacando que qualquer empresa de qualquer porte pode fazer o diagnóstico e buscar informações para iniciar a caminhada rumo a 4.0 junto à Rede RS.
Falando no mesmo sentido, o diretor de Operações da Embrapii, Carlos Eduardo Pereira, afirmou que o retorno de investimentos nas plantas da indústria 4.0 aparecer logo. “Ter uma impressora 3D de custo baixo, pode resolver questões básicas como a falta de uma garra em uma máquina que demandaria tempo e fornecedor”, exemplificou. Pereira defendeu ainda que o caminho para a indústria 4.0 é longo, mas que pode ser feito em etapas. “A Embrapii apoia empresas de menor porte com recursos não-reembolsáveis. Hoje são 72 unidades Embrapii disponíveis, com pesquisa sobre inovação e insfraestrutura de ponta. No Rio Grande do Sul são oito. São 1.317 projetos, com 920 empresas parceiras e R $ 1,81 bilhões investidos ”, destacou.Ele afirmou ainda que mais 700 projetos já foram concluídos e geraram quase 500 pedidos de Propriedade Intelectual. A empresa que tiver um projeto e não tem um centro de inovação e tecnologia, pode procurar uma unidade Embrapii. “Não é necessário edital, ela terá apoio financeiro e tecnológico”, disse Pereira.
Como antecipar potenciais potenciais em máquinas industriais e evitar manutenção corretiva? Foi o case apresentado pela gerente de Suporte e Projetos na Dynamox, Caroline Menegat. Ela falou sobre o monitoramento sem fio em máquinas e como a empresa vem obtendo êxito. “As máquinas falam, seja pela temperatura, corrente, umidade ou pressão. Optamos pela vibração e temperatura por meio de sensores nos proporcionamos ter informações que nos apresentam como ela está trabalhando ”, comenta. Essas informações são passadas pelo celular via bluetooth ou para um equipamento um pouco maior (gateway) que faz a leitura dos sensores. Assim é possível prever perdas e reduzir custos.Segundo ela, um dos clientes da Dynamox, a Bruning Tecnometal teve uma economia estimada em R $ 3 milhões em 2020. “A manutenção preditiva dá mais confiança.