Com um mercado cada vez mais em expansão, a Geração Distribuída consiste em gerar a energia elétrica próxima ou no local de consumo, quando o próprio consumidor a produz por meio de sistemas instalados em suas casas ou empresas. Para debater o tema e buscar estimular novos projetos no setor, a FIERGS - por meio do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) e do Instituto Euvaldo Lodi - e o Sebrae-RS promoveram nessa quinta-feira, dentro da Mercopar, o V Fórum de Geração Distribuída de Energia com Fontes Renováveis no Rio Grande do Sul. O evento ocorreu de forma híbrida, com parte o público presencial e parte via transmissão pela internet.
Segundo o diretor do Centro das Indústrias (CIERGS) e coordenador do Grupo Temático de Energia e Telecomunicações do Coinfra, Edilson Deitos, o debate em busca da eficiência energética vem acompanhado da geração com menos danos para o meio ambiente por meio da energia limpa, área que o Brasil tem condições de ser protagonista. “Este Fórum discute ideias e tendências deste mercado que cresce”, enfatizou.
Para se ter uma ideia, em 2021, por exemplo, uma nova conexão de Geração Solar Distribuída ocorre a cada dois minutos no Brasil, demonstrando o forte potencial deste mercado no País.
O diretor técnico do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae-RS), Ayrton Pinto Ramos, lembrou que o mercado para a Geração Distribuída (GD) no Brasil é composto em grande parte por micro e pequenas empresas e há “um futuro de expansão bastante significativo”. Para isso, existe a necessidade de se promover o melhor cenário possível no País para as empresas do setor, por meio de planos de crédito, segurança jurídica e qualidade na gestão empresarial.
Já o diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS), Carlos Trein, destacou que o Senai é parceiro não apenas para a capacitação de profissionais do setor, mas também dispondo de modernos laboratórios em seus institutos para testes e pesquisas das empresas envolvidas em projetos. Segundo Trein, a Geração Distribuída ganha ainda mais relevância em um momento de crise hídrica pelo qual o Brasil passa.
O secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura do Ministério da Economia, Gustavo Ene, afirmou que, em se tratando de energia alternativa, o Brasil tem grande diferencial competitivo, por possuir a matriz energética “mais limpa do mundo”.