Os desafios da retenção de talentos na indústria
Crédito foto: Dudu Leal
Investir na retenção de talentos é fundamental para construir organizações produtivas e competitivas. O tema foi o centro das discussões do terceiro dia de programação no estande da FIERGS, na tarde de quinta-feira, na Expointer.
O cenário dos profissionais na área da construção foi discutido durante o painel que contou com a participação do diretor do CIERGS e vice-presidente do Sindicato da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Ricardo Dias Michelon, o gerente técnico do Senai-RS, Rafael Freire e o coordenador do IEL-RS, Daniel Pires. De acordo com Michelon, a escassez de mão de obra e a interrupção da cadeia de suprimentos são os principais desafios que o setor enfrenta atualmente. “Para mudar o cenário, é preciso olhar para as pessoas, não apenas para as negociações.”, afirma o diretor.
Michelon defende a capacitação dos profissionais e a industrialização da construção civil como oportunidades de mudança na área. Segundo ele, a tecnologia é uma aliada, já que é capaz de atrair os profissionais dispersos no mercado, além de facilitar os processos na indústria.
A retenção de talentos e as necessidades da indústria também foram os tópicos de discussão do painel apresentado pelo gerente do Senai-RS, Márcio Basotti, que abordou a fuga de profissionais do estado e o impacto no setor gaúcho. O gerente falou sobre o papel do Senai-RS, alinhado às tendências de atração de talentos, como o fomento à inovação e capacitação profissional.
O fórum “O futuro da força de trabalho”, com a participação do coordenador do Sesi-RS, Fernando Rosa, discutiu o desenvolvimento da indústria, considerando o retrato da população, com o maior índice de envelhecimento e a diminuição da taxa de natalidade. Para ele, o futuro do setor depende da participação plena dos talentos, onde eles são protagonistas, com a valorização do conhecimento e das soft skills.
O aumento da população idosa, também foi gancho para o painel “Economia do Cuidado” que abrange as atividades relacionadas à assistência de pessoas, assim como as atividades domésticas. Segundo o especialista do Sesi-RS, Gabriel Freitas, o trabalho de suporte realizado nos núcleos familiares é invisibilizado em termo de mercado e, de acordo com as prospecções do ramo trabalhista, se torna necessária a flexibilidade dentro das organizações para atrair e reter talentos.
Representando o IEL-RS, Fabiana Buchs e Thaise Soares falaram sobre as oportunidades na indústria e como o instituto atua como ponte entre estudantes e empresas. Elas também apresentaram os planos de desenvolvimento oferecidos aos jovens, como o programa de bolsas “Inova Talentos”, que seleciona pesquisadores para criação de projetos de inovação em empresas e institutos privados.